CONTRA A PROPOSTA CURRICULAR DO GOVERNO TARCÍSIO/FEDER
para o Ensino Médio de São Paulo, que representa a exclusão de disciplinas como Filosofia, Sociologia e Artes.
Pela manutenção das duas aulas dessas disciplinas nos três anos do Ensino Médio, na proposta para 2024 e nos demais anos!
A Campanha Nacional em Defesa das Ciências Humanas no currículo da Educação Básica defende o retorno da obrigatoriedade das disciplinas de Filosofia, Geografia, História e Sociologia ao Ensino Médio, com uma carga horária semanal de 2 horas, no mínimo, durante os três anos da etapa.
Por esse motivo, vimos a público nos manifestar a respeito do documento curricular do governo Tarcísio/Feder para o Ensino Médio em 2024, apresentando essa NOTA elaborada a partir das considerações da ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL (APPROFIB) e da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE CIÊNCIAS SOCIAIS (ABECS), ambas entidades componentes de nosso comitê diretivo, e com apoio da FEDERAÇÃO DE ARTE EDUCADORES (FAEB).
Como vimos, saiu a portaria do Governo de São Paulo com as Matrizes Curriculares para 2024 que representam falta de racionalidade extrema! Pois reduzem drasticamente as aulas das disciplinas da Área de Humanas! Ora, como é possível fazer tamanha aberração? Primeiro que a Filosofia foi (e ainda é) a mãe de todas as ciências! Através da Filosofia desenvolveu-se a Matemática! Por outro lado, a Filosofia construiu-se a partir da poesia, e como prolongamento desta também. Portanto, ela faz-se também através da escrita. Então, como reduzir disciplinas tão importantes para o conhecimento pleno?
Apenas duas aulas semanais de Filosofia no primeiro ano do Ensino Médio, não dá aos/as professores/as a oportunidade necessária para ensinar o/a aluno/a o livre pensar e conceder-lhe também a autonomia de se colocar no mundo, enquanto ser crítico e ciente de seu potencial, e cidadão consciente dos seus direitos e deveres.
Além do que já foi dito, é inconcebível diminuir do currículo, as aulas da única disciplina que privilegia a “dúvida” ao invés da “certeza”, que é o caso de todas as demais disciplinas. Ora, só este fato, demonstra o absurdo, desta proposta curricular apresentada pelo governo de São Paulo para o ano letivo de 2024! Com essas considerações acerca da Filosofia, talvez seja necessário falar também na defesa das demais disciplinas de humanas, incluindo entre elas, evidentemente, Sociologia e Artes! Pois como sabemos, são a base, o alicerce, do edifício do saber, e, sem ele não se vai a lugar algum!
A redução da carga horária de Sociologia retira de milhões de estudantes matriculados na maior rede ensino do país a possibilidade de desenvolverem um olhar mais consciente sobre a complexidade o mundo social. A Sociologia escolar, a partir da análise de dados e de resultados de pesquisas, contribui para que os jovens desenvolvam a percepção da conexão entre os problemas pessoais e estruturas sociais possibilitando uma participação social mais consciente e racional na vida pública.
Além disso, a proposta curricular amplia a precarização do trabalho dos professores que terão que se deslocar para várias escolas para compor sua carga horária, dificultando ainda mais a sua integração com a comunidade escolar.
Pela manutenção das duas aulas semanais, em todos os anos do Ensino Médio, abaixo a precarização do Ensino Médio! A nossa luta por um Ensino Médio emancipador, includente e libertário não pode e não deve parar!
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE CIÊNCIAS SOCIAIS (ABECS)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE HISTÓRIA (ABEH)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO BRASIL (APROFFIB)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA (ANPUH)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (ANPOF)
Federação de Arte Educadores (FAEB)
Baixe o documento clicando no link abaixo
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