VI Reunião de Estudos - Cheikh Anta Diop
- siteaproffib
- 26 de jun.
- 2 min de leitura

O Núcleo de Filosofia Pan-africanista da Aproffib, continuando o estudo do livro "A origem africana da civilização" de Cheikh Anta Diop, discutiu no dia 23/06, o capítulo V "A civilização egípcia pode ser de origem asiática?".
Assista neste link:
Expositor: Prof Valner Dieudus
Mediação: Prof Valdenir Abel dos Santos.
Valner Dieudus é mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de Rondônia, Presidente da Associação de Haitianos de Porto Velho/RO.
Valdenir Abel dos Santos é Professor aposentado de Filosofia e História da rede estadual de SP, com mestrado em Educação, associado à APEOESP; simpatizante do PSTU; Diretor de Relações Pedagógicas da APROFFIB e coordenador do Núcleo de Filosofia Pan-africanista da APROFFIB.
Cheikh Anta Diop, neste capítulo V foi categórico ao afirmar que a civilização egípcia não pode ser de origem asiática, baseando-se em várias linhas de evidência. Primeiramente, ele destacou a continuidade cultural e civilizacional entre o antigo Egito e outras culturas africanas subsaarianas, argumentando que havia semelhanças significativas em termos de religião, práticas sociais e organização política. Diop também apontou para evidências linguísticas, sugerindo que as línguas do antigo Egito estavam estreitamente relacionadas com as línguas africanas e não com as asiáticas. Além disso, ele utilizou estudos antropológicos e genéticos que indicaram uma composição predominantemente africana nos antigos egípcios.
"Para que a civilização egípcia possa ser de origem asiática, ou de uma origem exterior qualquer, é indispensável que seja possível demonstrar a existência anterior de um berço de civilização fora do Egito. Ora, nunca será demais insistir no fato de que essa condição elementar - e indispensável - jamais foi preenchida." Pág. 129, Nações Negras e Cultura, (DIOP)
Diop, é conhecido por suas teorias que desafiam as narrativas eurocêntricas tradicionais sobre as origens da civilização. Embora Diop tenha reconhecido a importância da Mesopotâmia no desenvolvimento da civilização, ele argumentou que o verdadeiro berço da civilização só poderia ser encontrado na África, particularmente no antigo Egito. Diop afirma que a cultura egípcia antiga teve uma profunda influência nas civilizações subsequentes, incluindo a Mesopotâmia. Ele defendeu que a proximidade geográfica e as trocas culturais entre a África e o Oriente Médio permitiram uma disseminação mútua de ideias e tecnologias. Assim, enquanto a Mesopotâmia é frequentemente referida como uma das primeiras grandes civilizações, Diop defende que a África, e em particular o Egito, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento inicial da civilização humana.
Se gostou desta aula, acesse o estudo dos capítulos anteriores no site da Aproffib:
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