VII Reunião de Estudos de Cheikh Anta Diopdo - Núcleo de Filosofia Pan-africanista da Aproffib

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há 6 dias
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Continuando o estudo do livro A origem africana da civilização, no capítulo VI (parte1): "A raça egípcia como vista e tratada por Antropologistas", tivemos a exposição do Prof. Wellington Silva da Cruz e mediação do Prof. Aldacir Fonseca de Souza.

Neste capítulo, Cheikh Anta Diop, ao discutir a Fenícia e a Arábia, argumenta que ambas as regiões foram significativamente influenciadas pelas culturas africanas. Ele sugere que a Fenícia, conhecida por seus avanços no comércio marítimo e desenvolvimento do alfabeto, teve interações extensivas com o Egito e outras civilizações africanas, contribuindo para o intercâmbio cultural e tecnológico. Em relação à Arábia, Diop propõe que houve uma migração de povos africanos para a península arábica, levando a uma troca de conhecimentos e práticas culturais.

Diop, ao referir-se ao reino de Sabá, demonstra que este fez parte significativa da história africana antiga. Diop explora as instituições e costumes desse reino, situado na região que hoje compreende o Iêmen e a Etiópia, enfatizando sua influência cultural e econômica. O reino de Sabá era conhecido por sua riqueza, em grande parte devido ao comércio de incenso, ouro e outras mercadorias valiosas. As instituições políticas de Sabá eram bem estruturadas, com um sistema de governo que incluía uma monarquia centralizada. Os costumes religiosos também desempenhavam um papel crucial, com práticas que incluíam a veneração de divindades ligadas à fertilidade e à prosperidade. Diop argumenta que a civilização de Sabá está intrinsecamente ligada às raízes africanas, desafiando percepções eurocêntricas e destacando a complexidade e sofisticação das sociedades africanas antigas.

Ele utiliza uma abordagem interdisciplinar, combinando evidências arqueológicas, linguísticas e culturais para sustentar sua tese de que os antigos egípcios eram de origem negra africana. O trabalho de Diop trouxe uma nova perspectiva sobre o papel da África na história da humanidade e continua a influenciar debates acadêmicos até hoje, contrapondo a tradição eurocêntrica.

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