Nossa solidariedade aos familiares, amigos/as e parentes de Giovanna Bezerra Silva extensivo ao corpo docente e discente e demais funcionários da EE Sapopemba em São Paulo.
Quantas vidas mais serão sacrificadas?
Acordamos hoje 23/10/23, com a triste notícia de mais uma tragédia em escola pública, mais uma jovem foi morta dentro do local que deveria ser um espaço de reflexões e ter como finalidade o ensino de humanidades! Ensinar a sociabilização, a boa convivência, o respeito pelas diferenças, o viver em comunidade e, principalmente, o reconhecimento das opressões e opressores através da reflexão filosófica.
Defendemos o ensino da Filosofia desde o início do Ensino Fundamental, aumento da quantidade de aulas no Ensino Médio, e urgentemente mais as aulas de humanas em geral, em específico, as de Filosofia. Aulas de português e de matemática não transformam o ser humano, mesmo que em seu início da vida! Filosofia é a única matéria de todas que ensina o amor! Esta é a função dela e não das outras! Temos que ocupar esse lugar, o nosso lugar, senão vão aparecer alunos cada vez mais desumanizados!
Neste sentido, na escola, o que vemos é o reflexo da sociedade: com disseminação do ódio, aumento da violência, da intolerância e das competições… ela, a escola, não é mais capaz de educar para a transformação do "ser humano" e como resultado, a transformação da sociedade.
A pedagogia da escola transformadora, como tão bem nos foi ensinado por Paulo Freire, foi abolida do currículo escolar e das plataformas de governos ultra neoliberais. Os/as jovens estão inseridos/as hoje no sistema educacional como números, apenas para gerar estatísticas comprovadamente mentirosas, falaciosas e tendenciosas.
Sem perspectivas de futuro e sem a valorização necessária de apreensão do conhecimento pelos/as estudantes, a escola tornou-se objeto mercadológico, num sistema educacional onde os governos estimulam o uso das tecnologias em detrimento de uma Educação Humana e humanizadora. Cada vez mais as medidas de abandono, sucateamento e precarização do Ensino Público acentuam-se e aprofundam os casos de violência e desrespeito dentro do ambiente escolar.
Por outro lado, vemos os/as professores/as com um sentimento de impotência, tendo que optar pela manutenção do emprego muito antes da aplicação do conhecimento adquirido na universidade. Diante das políticas ultra neoliberais que vêm sendo implantadas nas últimas décadas, e que acentuaram-se no governo paulista atual, a tendência é vermos, cada vez mais, cenas chocantes como as que vimos hoje.
Não há outra saída, a nível nacional, a não ser endurecermos a luta contra os governos estaduais e municipais privatistas!! Em São Paulo exigirmos o: FORA FEDER da Secretaria da Educação e FORA TARCÍSIO do governo de São Paulo!! No sistema capitalista não há humanização possível!!! Uma sociedade justa e humana só será possível no socialismo!!!
DIRETORIA EXECUTIVA NACIONAL DA APROFFIB.
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