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V Reunião de Estudos sobre a obra de Cheikh Anta Diop

O Núcleo de Filosofia Pan-africanista da APROFFIB organizou o estudo do IV capítulo, Pode a civilização egípcia ter se originado no Delta? do livro de Cheikh Anta Diop no dia 16/06, cujo título é "A origem africana da civilização". Neste encontro tivemos a exposição da Profa Deuzuita Carneiro de Miranda e a mediação do Prof Aldo dos Santos.


Assista a íntegra do estudo no link abaixo:


Profa Deuzuita Carneiro de Miranda, professora de Filosofia na educação básica na rede estadual de Belém do Pará, graduada em Filosofia, Especialista em Gestão de Sistemas Educacionais pela PUC Minas, Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela UEPA Universidade Estadual do Pará.

Prof Aldo dos Santos, Filósofo, Escritor, professor de cursinho popular, Doutor em Psicanálise, Diretor estadual da Apeoesp, Vice presidente da Aproffib e coordenador do Núcleo de Filosofia Pan-africanista da APROFFIB.


No capítulo IV, “Pode a Civilização Egípcia ter se originado no Delta?” do livro "A Origem Africana da Civilização: Mito ou Realidade", Cheikh Anta Diop critica vários arqueólogos e egiptólogos por suas interpretações e conclusões sobre a civilização egípcia antiga. Diop argumenta que muitos desses estudiosos tendem a minimizar ou ignorar a contribuição africana para o desenvolvimento do Egito Antigo, frequentemente atribuída a influências externas, especialmente de civilizações europeias ou asiáticas.

Ele desafia essa visão eurocêntrica, defendendo que o Egito era, de fato, uma civilização africana, com profundas raízes culturais e raciais no continente africano. Diop critica a falta de reconhecimento dessas conexões, afirmando que isso distorce a compreensão histórica e perpetua narrativas inadequadas sobre a origem da civilização egípcia.

Entre os nomes mencionados, destacam-se Jean-François Champollion, Gaston Maspero e Flinders Petrie. Diop argumenta que esses estudiosos ignoraram ou minimizaram as influências africanas na civilização egípcia, promovendo uma narrativa que desvincula o Egito de suas raízes.

Seu trabalho busca recontextualizar e defende uma reavaliação da história que reconheça a contribuição africana para a civilização egípcia e, por extensão, para a civilização mundial.

Diop explora a geografia como um fator crucial para o desenvolvimento da civilização egípcia no Delta do Nilo. Ele destaca que a localização estratégica do Egito, com o rio Nilo como fonte de vida e fertilidade, foi fundamental para o florescimento de uma das civilizações mais antigas e influentes da história. Diop argumenta que o Delta do Nilo, com suas terras férteis e abundância de recursos naturais, proporcionou as condições ideais para o surgimento de uma sociedade complexa e avançada. Além disso, ele enfatiza como o isolamento geográfico relativo, com desertos circundantes, ofereceu proteção contra invasões, permitindo que a civilização egípcia se desenvolvesse de maneira contínua e inovadora. Essa interpretação reflete a importância do ambiente natural na formação das estruturas sociais, políticas e culturais do Egito antigo.


Conheça nossa história no artigo "Quem somos"

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