Tradição Yorùbá e a Ancestralidade – Núcleo de Filosofia Pan-africanista da Aproffib
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- há 7 dias
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A tradição Yorùbá é um dos pilares mais importantes da religiosidade africana, marcada pela profunda relação entre espiritualidade, comunidade e natureza. Seus mitos, ritos e práticas têm como fundamento o culto aos Òrìṣàs, divindades que representam forças da natureza e aspectos da vida humana.
A ancestralidade ocupa lugar central nesse universo, pois os ancestrais são vistos como pontes entre o mundo espiritual e o mundo dos vivos. Honrar os mais velhos e cultuar os antepassados é manter viva a memória coletiva e assegurar a continuidade da identidade cultural.
No Brasil e em outros países da diáspora africana, a tradição Yorùbá se manifesta em religiões como o Candomblé e a Santería, preservando saberes, músicas, danças e rituais que afirmam a resistência cultural e espiritual frente às opressões históricas.
Dia 8 de setembro, o Núcleo de Filosofia Pan-Africanista da APROFFIB recebeu Ìyá Marli Ògún Méjire Azevedo e Madjé Balé Obey, que ministraram uma autêntica aula sobre a TRADIÇÃO YORÙBÁ E A ANCESTRALIDADE, abordando questões como:

- em que medida o culto aos Òrìṣàs pode ser compreendido não apenas como prática religiosa, mas também como forma de pedagogia social e transmissão de saberes ancestrais;
- como a noção de ancestralidade na tradição Yorùbá desafia a visão ocidental de tempo linear e reforça uma concepção de temporalidade cíclica e comunitária;
- como a diáspora africana transformou e ressignificou os fundamentos da tradição Yorùbá sem perder sua essência espiritual e cultural;
- qual o papel da oralidade e da performance ritual (música, dança, cânticos) na preservação da memória ancestral Yorùbá;
- a possibilidade de comunicação com seres amados que já partiram deste mundo por meio do culto a Egungun;
- as dificuldades para a pesquisa das raízes culturais africanas no Brasil;
- qual a importância dos sonhos na tradição Yorùbá e qual sua relação com a ancestralidade;
- como tem sido a participação sobre filosofia e religiosidade africana em comunidades negras rurais quilombolas e a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Quilombola;
- como podemos evidenciar a prática religiosa Yorùbá dentro do candomblé e como se definem os orixás nessa tradição;
- qual é a orientação para nos reconectarmos verdadeiramente com nossas raízes e com o legado ancestral, entre outras.

Ìyá Marli Ògún Méjire Azevedo:
Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (1981); Mestra em Filosofia do PPGF/IFCS-UFRJ com o trabalho intitulado "Pluriversalidade na Filosofia: Narrativas de Axé como saber Filosófico"(2022); Doutoranda do PPGF/IFCS-UFRJ (2023); Sub-Coordenadora do Projeto de Extensão da UFRJ desde 2018, Rodas de Filosofias e Transculturalismo; Militante do Movimento Negro Unificado desde 1980; Integrante do NIFAn (Núcleo de Investigação de Filosofias Ancestrais) desde 2018 do Laboratório Ousia do IFCS-UFRJ; Iniciada há 54 anos pela Oralidade na Cultura de Matrizes Africanas dos Povos do Tronco Linguístico Yorùbá, desenvolvendo estudos e pesquisas; Assistente Social no Colégio Pedro II (1986), onde exerceu as funções de Coordenadora de Projetos do Setor de Supervisão e Orientação Pedagógica, e também representante do Núcleo de Estudos Afro- Brasileiros (NEABI/CP II); Especializada em Saúde do Trabalhador e em Planejamento e Gestão de Políticas Públicas.

Madjé Balé Obey:
Balé Obey - Sacerdote do Culto de Egungun e Ifá. Balé Obey, nascido em Benin é o único responsável/autorizado, aqui no Brasil à realizar os eventos que divulgam as tradições de Egungun, é também responsável pelas Iniciações de IFÁ bem como o Jogo de Opèlé Ifá pelo método Isesé Lagbá.
Assista a aula em:
[Lamentamos haver cortes na edição, visto que o sistema de gravação
apresentou problemas técnicos ao longo da aula]
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