XIII Reunião de Estudos de Cheikh Anta Diop – Núcleo de Filosofia Pan-africanista da Aproffib
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- 14 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de ago.

A origem africana da civilização,
de Cheikh Anta Diop.
Capítulo XI: Contribuição da Etiópia-Núbia e Egito
Neste capítulo, apresentado pelo Prof. Marco Túlio Cunha Vilela, e mediado pelo prof. Valdenir Abel dos Santos, Cheikh Anta Diop questiona o fato de muitas pessoas salientarem o papel desempenhado pela Grécia na formação da civilização, enquanto subestimam o papel do Egito, mesmo diante das evidencias históricas sobre a origem egípcia da civilização e dos extensivos empréstimos tomados pelos gregos a partir dos egípcios.
Diop destaca que a civilização egípcia, criada pelo povo negro africano, foi a primeira a desenvolver, de forma avançada, as ciências, artes, religião, técnicas e organização social, antes que povos eurasiáticos saíssem da barbárie. Sendo assim, os gregos teriam herdado grande parte de seus conhecimentos dos egípcios, adaptando-os.

Em sua narrativa, Diop contrasta valores morais e modos de vida: no Egito, uma sociedade sedentária e pacífica que valorizava valores como a justiça e a harmonia social, por exemplo; nas planícies da Eurásia, sociedades guerreiras que exaltavam a conquista e a rapina. Esse contexto geográfico e cultural teria moldado mentalidades e religiões distintas.
Diop ressalta, ainda, que muitos filósofos e cientistas gregos — como Pitágoras, Tales, Platão, Sólon e Arquimedes — estudaram no Egito, e que Alexandria foi um centro intelectual decisivo no período helenístico. Inclusive, elementos da arquitetura grega, como colunas dóricas, já existiam no Egito. Há também destaque para o conhecimento matemático e astronômico expresso na Grande Pirâmide, possivelmente fruto de uma civilização em seu apogeu.

Para Diop, a contribuição egípcia foi sistematicamente apagada ou minimizada na historiografia ocidental, substituída por uma narrativa que exalta a Grécia — uma “nação branca” — como berço exclusivo da civilização. Para ele, essa distorção tem raízes racistas e ignora evidências históricas e arqueológicas da origem negra do Egito.
Assista a apresentação na íntegra:
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